quarta-feira, 26 de agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

pALavrA dE figurINISTA...

O amor pelo que se faz permite que se transbordem mil idéias, e as experiências e transformações que a vida nos implora a todo o momento, traz a tona o que nomeamos de criação. A partir de um texto repleto de criatividade, nos é autorizado, logo em sua primeira página, um mergulho na essência de seus personagens. Aí fica fácil e divertido criar um figurino.

A criação desse figurino surgiu de várias etapas, porém a linha primordial aconteceu numa conversa de poucos minutos com o diretor (melhor diretor que conheço) e a leitura da página que descrevia a personalidade de cada personagem.

È importante lembrar que a criação de qualquer coisa precisa, primeiro de tudo, ser permitida. Não pode ser bloqueada, sabotada por idéias fixas, por barreiras impostas pelo ego ou pelo medo do fracasso de um experimento. Todos têm de estar disponíveis para as novas idéias que virão e ter a sensibilidade de entender e embarcar nessa grande viagem. Saber administrar, dando limites e harmonizando todas as idéias é praticamente indispensável na execução de um grande e belo trabalho como esta dádiva que é Sofia.

Desde a leitura do texto, a exteriorização do que se passa nos pensamentos através dos desenhos, as conversas com todos os criadores desta loucura a fim de realizar tudo da melhor forma possível, se pensando em harmonia, conforto, mobilidade, durabilidade, transporte, beleza, os ensaios que iam mostrando mais e mais do que era a peça, as primeiras provas de roupa, os testes de materiais, até o último ajuste no terceiro sinal do teatro, se deu o processo de criação deste figurino.

Não canso de encher de elogios este trabalho que foi tão bom participar, pois foi permitido que fosse criado e recriado um figurino todos os dias até a estréia. Cada detalhe foi chegando ao seu tempo e cada personagem foi se acertando e demonstrando no seu momento o que era preciso para chegar ao que temos hoje.

Envolvido no nosso amor, criador e realizador desse trabalho e a esperança de que todos os espectadores amassem o espetáculo como se fosse seu, o figurino reflete a alegria, a força e a beleza dos sonhos que existem dentro de todos nós.

Carol Barros - Figurinista.

No vídeo abaixo você pode conferir um pouquinho dos nossos personagens e um pouquinho do trabalho da Carol! Pra conferir tudo só indo nos assistir. Encerramento da curta temporada: dias 22 e 23 de agosto, Teatro Thiago de Mello, Av. das Américas 19.400, Recreio. Sempre as 17hs!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Nasceu!!!

O filho nasceu, agora a gente tem que ajudá-lo a ganhar o mundo.

Voltando um pouquinho no tempo...
A semana da estreia foi pura correria, últimos ajustes, ensaios, testes de maquiagem, figurino... Passagem geral no teatro, ajuste de luz, cenário, texto. Uma semana intensa, onde a equipe praticamente vira a família da gente. De de manhã a noite se vendo, trabalhando junto, indo pra lá e pra cá. É nessa hora que a gente sente a energia do coletivo. Nesse momento é que se mede se funciona ou não aquele grupo de pessoas reunidas. No nosso caso funcionou e muito. Como resultado dessa maratona: todos reunidos para o melhor do trabalho, e muitas amizades nascendo. Esse talvez seja um dos momentos mais difíceis, mas no nosso caso, foi ultrapassado com muito cansaço sim, mas também muita vontade, afinidades sendo descobertas e alegria pelo que estava por vir.

Enfim chega o dia tão esperado. A gente fica de três a seis meses em uma sala de ensaio, discutindo, testando, avaliando, criando coisas que só ganham real sentido quando um dos elementos mais importantes dessa coisa que é o teatro aparece: o ESPECTADOR!!!! A gente só vai saber o que realmente funciona e o que não, na presença dele. O dia da estreia é mais cheio de adrenalina do que tenso, propriamente dito. Estão todos ansiosos e ao mesmo tempo felizes por terem chegado até ali. Acreditem, não é fácil. Enfim abrem-se as cortinas, e agora tudo pode acontecer!!!!

Os atores jogam sua adrenalina na cena, a equipe tenta, cada um a seu modo, lidar com a sua adrenalina. Risadas, celulares que tocam, expectativas, erros, acertos, aplausos. Foram de pé!!! Agora cada um já sai pensando e discutindo o que poderia ter saído melhor, que parte não funcionou, que parte surpreendeu, o que pode ser reajustado. Uma obra viva, é isso o teatro, e foi a isso que nos propusemos desde o início. Seguimos mudando pelo melhor do nosso "filho".

Agora nos cabe ajudar este filho a dar seus primeiros passos. Editais, projetos, patrocínios, festivais, temporadas... Está aberta a fase de buscas, portas abertas, acordos, parcerias... Eu estou aqui, escrevendo, editando vídeos, organizando projetos. Marquinhos lá correndo atrás de tudo, procurando festivais, organizando documentos. Os atores sempre procurando crescer mais, e tornar tudo ainda mais mágico. A gente cada vez mais conhecendo um ao outro, e graças aos deuses, tendo excelentes surpresas.

Tem sido lindo esses primeiros dias de vida de "Sofia". Tem sido ainda mais maravilhoso ver o quanto este grupo vem se encontrando. Agora é torcer e acima de tudo trabalhar muito para que a estrada seja longa e com muitas vitórias pelo caminho!

Marina.

sábado, 15 de agosto de 2009

pALAvra de púbLICo...

SOFIA EMBAIXO DA CAMA

Eu vi e aplaudi em pé!!!

“Sofia embaixo da cama” é um espetáculo que prima por valorizar a riqueza e beleza do universo infantil. Faz isso buscando retirar a criança daquele lugar em que comumente é colocada pela indústria cultural, que tende a imbecilizá-la com conteúdos estereotipados e preconceituosos, empobrecendo a possibilidade imaginativa e crítica do público infantil. Esse espetáculo, ao contrário, demonstra grande respeito ao seu público, na medida em que inverte estereótipos e valoriza como conteúdo central do texto, uma radical característica da infância: sua genuína capacidade de sonhar!

Uma criança princesa que não é dócil, mas arrogante e tagarela; um príncipe-sapo que não é corajoso; uma traça bibliotecária cansada, namoradeira e sedenta por férias; um pingüim exibido metido a dançarino e ator; um bicho-papão carente e solitário; um rato maluco metido à cientista e um ladrão de sonhos aterrorizado com pesadelos e invejoso dos sonhos das crianças. Esses são os personagens que vão causando espanto e surpresa na medida em que, com seus autênticos figurinos e suas personalidades às avessas, escapam aos estereótipos que associam o bonito, bom, delicado, dócil, corajoso versus o feio, mau, amedrontador, grosseiro, medroso. São representações de personagens que pouco aparece nos livros de literatura infantil, nos desenhos animados e nos enredos de peças infantis, mas que podem ser encontrados escondidos embaixo das camas das crianças...

A relação do sonho, no espetáculo, pode ser feita com o imaginário infantil, aspecto que predomina na lógica das crianças de interpretar e se relacionar com a realidade. Nesse sentido, ao invés de tratar a imaginação como algo que as crianças usufruem por não terem a mesma capacidade que os adultos têm de entendimento do real, o espetáculo valoriza essa capacidade de imaginar como a possibilidade de se transportar para outros mundos, trocar e aprender com novos personagens e sentir emoções que, muitas vezes, não cabem na lógica da realidade racionalizada. E faz disso seu conteúdo central, aquilo que causa inveja ao “ladrão dos sonhos”, personagem que vive aterrorizado em pesadelos e que, com a ajuda do cientista maluco, tenta roubar os sonhos das crianças. Seria o “ladrão dos sonhos” o protótipo do adulto que, enclausurado em seus medos, já não consegue mais sonhar como as crianças?

O espetáculo não deixa claro se Sofia está dormindo ou se está acordada, se a trama não passa de um sonho ou se é real, o que também permite aprender sobre essa imbricada relação existente na lógica infantil entre fantasia e realidade. Não se trata de precisar saber dessa resposta para se entender ou acreditar no espetáculo, porque o texto, a atuação dos atores, os figurinos, as coreografias e as canções constroem aquela ficção como uma realidade sentida pelo público que adentra nela e torce até o final para que o sonho das crianças sobreviva! Por isso, na medida em que o público se envolve com a trama fortemente vivida pelos personagens, ela já é uma realidade, porque produz efeitos nos que estão interagindo com ela; delicadamente, toca a criança adormecida que está no adulto...

“Sofia embaixo da cama” é, por isso, um espetáculo para todas as gerações. Valorizando a imaginação como conteúdo e método de construção do espetáculo, abraça o público infantil na medida em que o respeita e o leva a ter novos encontros, com novos mundos e personagens, os da peça e os que se criam a partir dela... Ao passo que, ao adulto, permite uma relação de alteridade com o universo infantil a partir do encontro com a (sua) infância... Quiçá os sonhos possam despertar dos baús das memórias infantis dos adultos e, enfim, as traças possam ter férias...

Deise Arenhart

Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

Doutoranda em Educação na Universidade Federal Fluminense/UFF, com ênfase nos estudos das culturas infantis.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

víDeo



uMA PEqueNA AMOstra DO nosso TRABALHO!
veNHA NOS ASSISTIR no TEATRO THIAGO DE MELLO, COLÉGIO NOTRE DAME, AV. DAS AMÉRICAS 19400. SÁBADOS E DOMINGOS ÀS 17HS. ATÉ DIA 23 DE AGOSTO!

domingo, 9 de agosto de 2009

O eLEnCO


Elenco: Camille Dias, Diego Rezende, Filipe Piñeiro, Guilherme Nanni, Heidi Caren, Italo Sasso e Taís Trindade.

sábado, 8 de agosto de 2009

eNSaIO gERaL


Momentos do ensaio geral!


Estreia hoje, dia 08 de agosto, esperamos todos lá!!!!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

FalTA pOUco


Últimos ajustes. Falta menos de uma semaninha já!
Agora como diria o Peter Brook, está faltando o elemento chave do espetáculo: o espectador! Só com ele a peça vai ganhar forma completa, e as descobertas se farão a cada dia! Reações inesperadas, em momentos mais inesperados ainda. Observar o que funciona, o que não funciona. Descobrir a engrenagem da troca viva entre ator e espectador!
A peça amadurece no palco, diante da plateia, e a gente vê essa semana passar voando, ou devagar quase parando, depende do ponto de vista, do nervosismo e da função de cada um! Por mim sábado já seria amanhã!!!!!!

Marina...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O cORpo e aS cOREOgrafias...


O convite partiu do diretor e, é claro, eu aceitei.

Logo na primeira leitura percebi que o material bruto renderia bons frutos. Desculpem , mas vejo o surgimento do espetáculo como um um filho que eu, junto com toda equipe técnica e atores, ajudamos a criar, educar...

Trabalhar com essa equipe é maravilhoso!!!! As criações não param nenhum minuto. A cada ensaio surgiram coisas novas. Propostas surgiam. Propostas se transformavam.

Confesso que, às vezes, me pego pensando como seria se não tivéssemos essa liberdade para criar. Minha função é conduzir os corpos dos atores para que fiquem mais disponíveis aos seus personagens. Personagens nada comuns que precisavam ter uma deformação.
Cada ator, ainda que com suas limitações, ia propondo e trazendo características que correspondiam ao que, até então, construiria seu personagem. Com o tempo, exercícios e ensaios passei a enxergar a Sofia, o Ezequiel, o Flautinha, Ladrão, Papão, Cabrum e Dona Traça.

Outra expectativa era para a chegada da trilha. Músicas feitas com muito cuidado, ricas de instrumentos e com uma melodia muito bem desenhada.Chegou a hora desses personagens entrarem na dança.
No processo de criação das coreografias só penso em brincadeiras infantis, referencias de coisas que eu brinquei e muito na minha infância. Comecei a jogar com eles e assim foram surgindo as coreografias.

“Sofia embaixo da cama” esta faltando apenas 05 dias para se tornar do mundo.
Afinal, criamos filhos é para o mundo.

Fabrício Ligiero

domingo, 2 de agosto de 2009

Globo Barra!!!



Chamada O GLOBO Barra (02 de agosto de 2009).

FiliPEta!!!!


Imprima esta e ganhe desconto!!!